Normalmente, de modo a não influenciar a opinião inicial, não é costume regressarmos uma segunda vez ao mesmo destino, no entanto, resolvemos regressar para alguns dias de férias a um dos destinos de mais nos impressionou pela positiva há 8 anos atrás, a Riviera Maya no México.
Devido ao curto espaço com que resolvemos fazer a viagem e face às opções existentes, desta vez a melhor opção acabou por ser marcar a viagem com recurso a uma Agência de Viagens, num Resort All Inclusive – Playa Maroma entre Cancun e Playa del Carmen foi a opção escolhida.
Catalónia Playa Maroma, Riviera Maya, México
O Resort escolhido (Catalónia Playa Maroma) foi bastante tranquilo e de qualidade bastante aceitável, com uma localização perfeita, numa primeira linha de praia com quilómetros de areal para explorar quer para norte, quer para sul.
Catalónia Playa Maroma, Riviera Maya, México
A nossa maior crítica aqui e para esta região em geral vai para o serviço e simpatia do pessoal que, salvo raras exceções, já nada tem a ver com o nível do não muito distante ano de 2007.
O Resort
No Hotel, algumas contradições curiosas para o conceito tudo incluído 24 horas. No dia da chegada às 22:30 Horas o único local para comer, o Restaurante que funciona em buffet apenas tinha umas fatias de pizza, hambúrgueres, batata frita e salada.
Restaurante Buffet
Os buffets do pequeno-almoço, almoço ou jantar apesar de não serem bastante diversificados, com pouca coisa a mudar de um dia para o outro, tinham o essencial e a comida era boa. A água mineral chegava rapidamente à mesa, já o mesmo não se pode dizer do café no pequeno almoço ou de outras bebidas ao jantar.
Num dos dias em que saímos em excursão, na chegada ao hotel por volta das 21:45 fomos diretamente para o Buffet. Para nosso espanto, após nos sentarmos, o chefe de sala dirigiu-se à mesa para nos informar que dentro de 10 minutos iam começar a levantar o buffet, situação que consideramos ridícula da parte deles tendo em conta o fato de saberem exatamente onde cada hóspede está, se está fora do hotel, a que horas saí e regressa e mesmo para onde foi, graças aos rigorosos controlos de segurança que fazem quer à saída, quer à entrada do resort, controlo esse que leva, no mínimo 10 minutos.
Restaurantes à Carta
Os restaurantes à carta, não sendo necessário marcar com antecedência, estavam sempre sujeitos a alguma espera.
Um dos restaurantes que tentamos marcar com antecedência, o Terrace Tapas, só aceitava a reserva caso reservássemos jantar de Lagosta.
Como não é das especialidades que mais gostamos e em virtude do preço adicional acabamos por não efetuar na reserva, no entanto, nesse mesmo dia, uma espera num dos outros restaurantes dada como 15 minutos, tornou-se em 50 minutos o que nos provocou algum desagrado que transmitimos ao chefe de mesa.
A resposta à “Reclamação” foi a melhor e como compensação disponibilizaram-se a reservar um dos restaurantes à carta para o dia seguinte que acabou por ser o Terrace Tapas.
Bares
Cocktails de boa qualidade em geral no entanto destaca-se a reduzida quantidade de pessoal relativamente à elevada procura por parte dos hóspedes.
Animação
Os espetáculos e programas de animação diurnos foram de qualidade aceitável, no entanto a menos que se fale Inglês, Francês ou Italiano, os hóspedes são completamente ignorados pela equipa de animação.
Como balanço final podemos considerar a estadia no Catalónia Playa Maroma agradável, no entanto, um pouco aquém da classificação de 5 estrelas.
Cancun
Cancun
A nossa visita a Cancun surpreendeu pela positiva, o Mercado 28, ao contrário das avaliações que lemos, surpreendeu pela positiva. Não fizemos muitas compras mas onde paramos o pessoal foi simpático.
Mercado 28 em Cancun
Plaza das Americas e La Isla Shopping são dois centros comerciais dignos de visita no entanto, a menos que pretenda comprar artigos típicos do México, é melhor deixar as compras para fazer no seu país, já que a larga maioria dos artigos serão certamente mais baratos.
La Isla Shopping, Cancun
Playa del Carmen
Playa del Carmen
Uma enorme desilusão para aquele que é o destino numero 1 no México. A simpatia dos comerciantes em geral, salvo raras exceções, caiu a pique relativamente ao não muito longínquo ano de 2007.
Os preços subiram vertiginosamente e a grande maioria dos comerciantes das lojas de artigos tradicionais parece pouco interessada em vender.
Aqui, na paragem do Almoço, a pior escolha possível – um Restaurante de nome Los Rancheros.
Começou mal com um funcionário bastante mal humorado e antipático que parecia querer que pedíssemos a comida mesmo antes de vermos o menu.
Não fossem as bebidas terem chegado e teríamos certamente saído dali para procurar outro local para comer.
No final o mesmo funcionário antipático e mal disposto que simplesmente “atirou os pratos de comida para a mesa” ainda teve a lata de achar que a gorjeta era pouca.
Chitzen Itzá
Chitzen Itzá
A fenomenal lição de História da Cultura Maya e de Chitzen Itzá fez toda a diferença na nossa visita a esta espetacular Maravilha do Mundo Moderno.
Xcaret
Ir à Riviera Maya e não visitar o Xcaret é como ir a Roma e não visitar o Vaticano. Este parque continua a ser o melhor daquilo que a Riviera Maya tem para oferecer aos visitantes.
Imperdível o espetáculo Xcaret México Espetacular ao final do dia. Por muito cansado que esteja faça sempre mais um esforço e não perca este espetáculo.
Gorjetas
São sempre bem recebidas por parte do Mexicanos como em qualquer outra parte do mundo, no entanto aqui parece que se tornou uma obrigação gratificar por tudo e por nada, mesmo o mais antipático e mal disposto individuo que presta um péssimo serviço ao cliente espera uma gratificação por esse péssimo serviço.
Para nós e certamente para a larga maioria das pessoas enquanto clientes, o conceito de gratificação está associado à satisfação na sequência de um bom serviço prestado.
Algo que mudou aqui, parece que a gratificação se tornou uma obrigação quer haja bom serviço ou não e todo o mundo faz a choradeira para a gorjeta, a começar pelo guia turístico que chama a atenção para o facto “duvidoso” de todos trabalharem praticamente de borla, sendo a gratificação a única coisa que faz a diferença.
No meio destas conversinhas da treta apenas um Guia turístico que foi simples e direto após um trabalho fenomenal que fez ao longo da nossa visita ao Chitzen Itza.
“Pessoal eu também gosto de levar a minha família a lugares bonitos e só com o meu ordenado não consigo”.
Foi a gratificação que deixamos com a maior satisfação, pois ele e a sua equipa mereceram plenamente pelo trabalho fenomenal que foi a grande lição de História pré-hispânica dada ao longo da excursão. Sem ele a visita ao Chitzen Itzá não teria sido a mesma.
Outras curiosidades
Ao longo dos nossos passeios deparamos com imensas placas “Vende-se” e várias estruturas completamente abandonadas que outrora foram locais de resorts turísticos, algo que não é um bom sinal para o futuro.
Também outro pormenor curioso tem a ver com os poucos turistas que no regresso trazem os tradicionais “Sombreros Mexicanos” como lembrança.
Em 2007 os sombreros davam uma cor única ao aeroporto de Cancun na saída, com praticamente todos os casais com um ou mesmo dois “Sombreros Mexicanos”, desta vez numa fila de aproximadamente 300 pessoas que aguardavam check in para o voo apenas vimos 4 Sombreros.
Foi das viagens que menos compras fizemos, mais pela antipatia dos vendedores do que pelos preços dos artigos mas ficamos com a sensação que tudo ficou muito mais caro, no entanto não fomos os únicos.
